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Por que a criança se comporta da forma como se comporta? Esse tal de reforçamento positivo.



Se você já olhou para um comportamento da sua criança e se perguntou “por que ele está fazendo isso?” ou “como eu faço para ele fazer isso?”, este texto é para você! Assim como há princípios na física que ditam que não podemos naturalmente sair voando por aí, a leis do comportamento que ditam que se isso for algo que gostamos, que nos dá prazer, nós encontraremos uma forma artificial não só de voar, como também repetir essa ação várias e várias vezes.


O comportamento da sua criança sempre ocorre dentro de um contexto. Isso é outra regrinha, não vivemos no vácuo, certo? Ela está sempre inserida em um local, com pessoas, objetos e ações ocorrendo, e quando a criança faz algo, esse ambiente continua a existir e muitas vezes ele pode se modificar. Se ela está aprendendo a falar e de repente ao olhar para a mãe ela diz “ma”, provavelmente a mãe irá sorrir, abraçar a criança, dizer “sim, mamãe! Eu sou a mamãe”, e sair contando para todo mundo que ela disse “ma”. Você concorda que o ambiente dessa criança se modificou? E, assim como eu, você acredita que essas mudanças foram algo bacana para a criança? Pois é, se em uma próxima oportunidade ao olhar para a mãe a criança repetir “ma” teremos certeza de que aquelas consequências (sorrir, abraçar, repetir a palavra, contar para todo mundo) foram legais para a criança. Nós chamamos isso de consequências reforçadoras.


Dizemos assim que uma consequência é reforçadora quando repetimos o comportamento que gera essa determinada consequência. A criança pode aprender a jogar vídeo game, e repetir esse comportamento muitas e muita vezes pois tem acesso a consequências legais como avançar de fase, ganho de itens, os colegas impressionados por ela ter matado o chefão, e etc.


Mas nem tudo são flores. Alguns comportamentos inadequados também vão ocorrer seguindo o mesmo princípio de ser reforçador, por mais contraditório que isso possa parecer. Uma criança que fala alto na sala, desobedece ao professor e se recusa a fazer a atividades, pode até ter como consequências levar uma bronca do professor na frente de toda a turma, mas também pode virar o herói da turma (“nossa, você é muito corajoso”, “eu amei como você enfrentou ele e disse a verdade, trigonometria não vai servir pra nada na nossa vida”). Às vezes nem precisa ter a aprovação da turma. A própria consequência de levar bronca pode fazer com que o comportamento se repita, dependendo da criança.


Eu sei o que você está pensando... ninguém vai querer fazer algo que gera levar uma bronca, ainda mais na frente de todos. Será mesmo? Vamos continuar conversando sobre isso no nosso próximo texto.

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