Como transformar interesses não sociais em interações sociais?
Interações sociais estão presentes em nosso cotidiano escolar, familiar, trabalhístico e outros. Déficit nessas habilidades podem ter grandes impactos na qualidade de vida. O déficit de interação e comunicação social é considerado o principal ponto a ser desenvolvido em crianças com Transtorno do Espectro Autista.
Contudo, essa é uma das habilidades mais difíceis de ser ensinada, havendo também carência de pesquisas, quando comparada a outras áreas, como linguagem e manejo de comportamento problema.
Muitas vezes a criança apresenta repertórios de linguagem avançado, mas não usa para comunicar-se funcionalmente e espontaneamente no cotidiano. Sabem como brincar e trocar de turno, mas permanecem em brincadeiras isoladas, com interações, prioritariamente, que visam obter itens, ou seja, não tem como fim a interação social.
Mas como transformar interesses não sociais em interações sociais? Uma das chaves para essa resposta encontra-se na combinação de componentes motivacionais e sociais. Vamos praticar?
· Transforme o interesse não social em interesse social.
· Não entregue o avião (brinquedo), simplesmente, mas faça de conta que ele está vindo do céu, o braço da criança será a pista de pouso e a mão o aeroporto.
· Seja parte do “reforçador”!
· Procure ajudar a criança e contribuir para brincadeira ser mais divertida.
· Seja o “reforçador”!
· Estimule brincadeiras sem objetos, como pega-pega, pira se esconde, correr, etc.
· Não tenha medo de parecer bobo.
· Divirta-se como na sua infância!
· Seja responsivo, observe se a criança está feliz, interessada, afetuosa e ajuste o seu comportamento de acordo com esses indicativos.
Referência: Vernon, T. W., Koegel, R. L., Dauterman, H., & Stolen, K. (2012). An early social engagement intervention for young children with autism and their parents. Journal of autism and developmental disorders, 42(12), 2702-2717.
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